quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Analfabetismo e Pessoa com Deficiência


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Em um mundo cheio de incertezas, o homem está sempre em busca de sua identidade e almeja se integrar à sociedade na qual está inserido. Há, no entanto, muitas barreiras para aqueles que são portadores de deficiência, em relação a este processo de inclusão. Geralmente, as pessoas com deficiência ficam à margem do convívio com grupos sociais, sendo privados de uma convivência cidadã.
No Censo Demográfico de 2000 um contingente de 171.668 pessoas de 15 anos ou mais se declararam com algum tipo de deficiência física e/ou mental.
A taxa de analfabetismo para a população com deficiência (22,7%) era quase sete vezes maior que a mesma taxa para a população sem qualquer deficiência ou dificuldade física e/ou mental.
Ou seja, mais de um quinto das pessoas com deficiência não tiveram acesso à escola ou dela saíram sem aprender a ler e escrever.Por outro lado, 16,8% das pessoas com deficiência conseguiram ingressar na escola e alfabetizar-se, ainda que não tenham completado quatro anos de estudo. Em suma, a presença de deficiência é uma variável importante para a situação de analfabetismo.
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Braille
No entanto, além das dificuldades cognitivas inerentes à deficiência física e/ou mental, é possível supor outros fatores que concorrem para a situação de analfabetismo da pessoa com deficiência, entre eles o despreparo do próprio sistema escolar para a efetiva implementação da política de inclusão de alunos com necessidades especiais.
No Brasil, existem três milhões de crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais, ou seja, 4,7% do total da população com idade entre 0 e 14 anos. Enquanto para eles a taxa de analfabetismo chega a 22,4%, as crianças sem deficiências, nessa mesma faixa etária, somam 11,7%, segundo dados do Relatório Situação da Infância Brasileira 2004, divulgada pela UNICEF, com base no Censo 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para se ter uma idéia, a criança portadora de deficiência tem quatro vezes mais possibilidade de não ser alfabetizada na adolescência, se comparada com as crianças sem deficiência. Elas não precisam apenas ser alfabetizadas, mas também de escolas que tenham classes regulares onde os portadores estejam juntos com as outras crianças, ou seja, de uma educação inclusiva.

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Desde 2001, o Conselho Nacional de Educação definiu que todas as crianças têm o direito de estudarem juntas, independentemente de suas diferenças, ou de credo, cor e raça. Mas, antes dessa definição, grande parte das crianças portadoras de necessidades especiais eram encaminhadas a centros educacionais especializados. E, depois, eram matriculados em escolas ou classes separadas, organizadas de acordo com o tipo da deficiência do aluno.
Para muitos especialistas na área, construir uma escola inclusiva no Brasil não é uma tarefa fácil. Além dos obstáculos como baixa qualidade no ensino, baixo salário dos professores e falta de infra-estrutura, é preciso transpor obstáculos como o preconceito porque isso atrapalha o seu crescimento.
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Material didático adaptado
Segundo o representante de projetos de educação do Unicef, Silvio Kaloustian, a inclusão escolar é uma ação pedagógica, que propõe a abertura das escolas às diferenças. “As escolas regulares devem admitir todos os alunos, tratá-los como seres singulares, promover uma aprendizagem cooperativa e ter foco na formação e currículos adaptados com base sócio cultural”, conta Kaloustian.
A escola inclusiva não só estimula os alunos com deficiência, como também prepara outras crianças para conviver com as diferenças”.
Em diversos locais do país, experiências inclusivas têm sido adotadas por diversas escolas e instituições sociais. Essas experiências têm mostrado que é possível realizar a alfabetização dessas crianças em classes regulares com os demais alunos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), até o ano de 2006, todas as escolas do país deveriam ser inclusivas. Para isso o MEC pretendia acabar com a divisão do ensino regular com o ensino especial.
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Um dos grandes incentivos para vencer essas barreiras é o apoio familiar. O da comunidade também é fundamental porque ajuda a eliminar diversas barreiras, entre elas o preconceito.
“Não se inclui o menino ou menina dentro da sala de aula se o mesmo não ocorre fora

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